quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Administrando uma crise

Falar de crise é promovê-la e calar-se sobre ela. É exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. “Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”. (Albert Einstein)


Toda organização deve estar ciente de que não está imune a possíveis acidentes. É necessário estar preparado para que quando surgirem as crises, estas sejam superadas o mais rápido possível, amenizando quaisquer prejuízos que possam ser causados à imagem da organização. Nesta situação a área de comunicação é de extrema importância, pois é ela quem vai atuar junto à administração para as tomadas de decisão dentro da organização.

Uma equipe de comunicação que seja bem estruturada possui cartilhas que permitem uma fácil e rápida ação previamente estudada. Nessas cartilhas é possível encontrar procedimentos a serem tomados, pessoas-chave a serem acionadas e as devidas formas de abordagem que deve ser realizada com a imprensa. É inevitável no momento da crise, uma ação estratégica, pois após instalado o conflito, é necessário ser competente e profissional para não deixar-se levar pela pressão da mídia e/ou outros públicos e, seguindo essas regras básicas, a empresa terá controle da situação e não deixará ser controlada.

A escolha de um porta-voz é de extrema importância, pois a divulgação realizada por mais que uma fonte pode causar desvio de informações dando inicio a uma grande complicação. Em caso de acidente com vitimas é imprescindível o rápido acolhimento de familiares em lugares que os mantenham distantes de curiosos e possíveis jornalistas que sejam oportunistas diante do desespero dos mesmos, causando assim o sensacionalismo em cima da imagem da organização.

A transparência deixa os receptores das informações seguros e confiantes da informação passada pelo porta-voz oficial.
O acidente com a companhia aérea Gol é um bom exemplo sobre a importância de estar preparado para administrar crises, pois a equipe soube administrar todo o andamento das informações, mesmo quando ainda não era possível saber se realmente havia acontecido a queda do avião ou não. Este desempenho realizado pela companhia área deixa claro que eles estavam preparados para o desastre, isso não significa que eles acreditam que a queda de um avião seja uma situação normal, mas sim, que é uma possibilidade e deve-se estar pronto para evitá–la, caso ela aconteça.

Treinamento e atualização de procedimentos vão evitar situações de pânico e desespero entre os próprios funcionários da organização que em um momento como este, necessita de toda calma para administrar a situação.

“Crise, qualquer que seja, tem que ser administrada com profissionalismo.” (João José Forni)


Fonte:
http://www.jforni.jor.br/forni/?q=node/139

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Elementos Culturais de uma Organização

Muitos teóricos da antropologia e da sociologia definem cultura como o conjunto de símbolos e significados de uma sociedade organizada. A partir desta conceituação, podemos entender a cultura organizacional como sistemas complexos e dinâmicos de símbolos e significados, por meio dos quais todo o sistema é estabilizado e mantido.

Podemos enxergar a cultura de uma organização sob dois prismas distintos: o primeiro considera a cultura como uma metáfora, como algo que a organização é, enquanto o segundo enxerga-a como uma variável, algo que a organização tem.

Uma maneira válida e fácil de compreender a cultura é a partir dos estudos de seus elementos:

Missão

É a razão de ser da organização, o porquê da sua existência., é o que dá sentido aos objetivos que orientam suas atividades.

Visão

É o que a organização almeja para o seu futuro, como gostaria de ser, seu alvo para si. “Representa um modelo mental ou situação claramente desejável de uma realidade futura possível para a organização”.

Valores

Os valores constituem a essência da filosofia da organização. São princípios, características, qualidades e virtudes que devem ser preservados para que a organização possa atuar;

Crenças e Pressupostos

As crenças são aqui entendidas como sendo tudo o que é verdadeiro na organização, não só definem o que pessoas-chave vêem de relevantes no ambiente organizacional, como identificam áreas críticas e orientam todo o processo de escolhas e mudanças na empresa.

Ritos, rituais e cerimônias

Numa organização, seja ela do primeiro, segundo ou terceiro setor, pública ou privada, “os ritos, rituais e cerimônias são exemplos de atividades pensadas estrategicamente com conseqüências práticas e expressivas que dão maior visibilidade à cultura organizacional ao torná-la mais tangível e coesa”. Os ritos, rituais e cerimônias tornam-se mais relevantes à medida que apontam padrões de decoro aceitáveis, identificando atitudes inadequadas, demarcando áreas de proibições, reduzindo os conflitos e criando novas visões e valores ao estabelecer paradigmas ou quebrar tabus. Fornecem as diretrizes para toda e qualquer ação individual e/ou coletiva dentro da organização.

Estórias e mitos

As estórias são narrativas de fatos e eventos reais, enquanto os mitos são definidos como narrativas, que embora sejam consistentes e contenham valores intrínsecos, não são sustentados por fatos. Além das estórias poderem ser facilmente adequadas às situações diversas, “são mais rápidas e longamente memorizadas que idéias abstratas isoladas”, portanto as experiência alheias, reproduzidas nessas estórias, constituem fontes de aprendizagens ímpares.

Tabus

Importante elemento cultural, o tabu, tem como principal papel orientar o comportamento a partir das proibições.

Heróis

Os heróis (natos, que surgem junto com as empresas, ou criados, situacionais, ocupam o cargo por um tempo determinado), personificam os valores e se tornam exemplos a serem seguidos. Das estórias de coragem nascem esses heróis, pois com freqüência assumem riscos que outros gostariam, mas, não têm coragem, assim, demonstram um grau maior de comprometimento com a empresa.

Normas

Normas ou maneiras de se fazer as coisas são preestabelecidas a partir das necessidades da organização, sendo, precedidas pelas crenças e pressupostos, diferindo-se, no entanto, das crenças e pressupostos por se relacionarem mais com aspectos técnicos. Deste modo, a norma refere-se ao comportamento ratificado transmitido aos funcionários que, por sua vez, são recompensados ao cumprirem ou punidos ao violarem essas normas de conduta, definidas e repassadas através dos outros elementos culturais.

FREITAS, Maria Éster de. Cultura organizacional: formação, tipologias e impacto. São Paulo: Makron – McGraw-Hill, 1991.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A nova era 2.0.



Com o cenário cada vez mais competitivo do mundo, a informação é algo extremamente importante e quem a detém possui enorme vantagem sobre os outros.

Diante disso é que se evidencia a importância da era 2.0 - a segunda geração da internet, na qual as tendências dos sites possibilitam a troca de informações, a participação e a colaboração dos usuários da web.

Com isso essa geração redefine as relações das empresas com seus consumidores, tornando uma necessidade das organizações em se familiarizar com esse novo ambiente, e a forma mais eficiente é utilizar as novas mídias, com o acesso aos blogs e redes sociais, promovendo a troca de informações entre clientes, fornecedores e funcionários.

Na Web 2.0 o blog é a ferramenta de maior influência no meio corporativo, pois são amplos, consistentes e dão maior credibilidade. Por isso as empresas têm que ter noção da necessidade de ter conteúdo consolidado e estar preparado para críticas e sugestões.

No âmbito corporativo, as ferramentas da “nova era” são úteis para aproximar os colaboradores e contribui para o aumento da produtividade da organização dando maior visibilidade a criação e produção coletiva.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Relações Públicas: A Profissão do Futuro?!

A imperiosidade do planejamento da comunicação integrada, a alta competitividade, o fácil e rápido acesso à informação, a crescente necessidade de fidelização dos consumidores, conscientização do valor do ser humano diante do capital, maior transparência, prestação de contas, comprometimento com a responsabilidade social e desenvolvimentos de programas de sustentabilidade, são alguns dos muitos fatores que fazem das Relações Públicas uma profissão promissora, chegando a ser defendida por alguns mais otimistas como a profissão do futuro. O fato é que Relações Públicas (pode até não ser a profissão do futuro) mas, sem dúvida alguma, ela é de futuro!

Estudo concluído no primeiro semestre deste ano pelo Instituto do Trabalho dos Estados Unidos (Bureau of Labor Statistics) e divulgado na edição da revista Exame (13 de abril) mostra que Relações Públicas ocupa a 7ª colocação do ranking das carreiras mais promissoras para os próximos dez anos. Um dado, no mínimo interesse, é que ela foi a única profissão da área de humanas arrolada pelo Instituto.

A profissão é regulamentada pela lei 5.377/67 de 11 de dezembro de 1967. E hodiernamente vem se despontando cada vez mais no mercado de trabalho, graças ao novo perfil do mercado consumidor, hoje mais informado, mais consciente de seus diretos e mais exigente. Mercado este, que entende as organizações como partes integrantes do sistema social global, e que, portanto, tem a obrigação de ultrapassar os limites dos objetivos econômicos. Especialistas reconhecem que é impossível prever o futuro, mas podemos identificar tendências, e estas mostram que o mercado das Relações Públicas está em plena expansão.

Mas afinal de contas, você sabe o que um Relações Públicas faz? Assista o vídeo e descubra.
http://www.youtube.com/watch?v=iDK-HfZlFi4&feature=related
Até a próxima.

SILVA, Stela. Revista Ensino Superior. Copyright © 2009 Ed. Segmento Ltda. São Paulo - SP.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Em busca da excelência

A comunicação passou a ser fator indispensável nas organizações por agregar valores e ajudar as organizações a cumprirem sua missão e concretizarem sua visão. A preocupação com esta vem crescendo ano após ano. Mas qual a maneira certa de comunicar? Como conseguir a comunicação excelente?

A Teoria Geral das Relações Públicas, que integra uma ampla gama de idéias sobre práticas de administração da comunicação nas organizações, pode nos ajuda a responder essas perguntas.

O Professor James E. Grunig da Universidade de Maryland iniciou uma pesquisa para responder algumas questões, sendo que uma delas era como se fazer para uma organização ser mais eficaz. Através dos resultados obtidos com o estudo, que é conhecido como Excellence, originou-se o que os autores chamaram de “três esferas da comunicação excelente”, que sintetizam a essência do fator excelência.



De acordo com a figura acima, o centro da imagem corresponde ao núcleo do conhecimento e compreende a base dos conhecimentos de Relações Públicas e Comunicação que o departamento deve possuir. O conhecimento na área é importante para o profissional desempenhar com eficácia as funções de administrador da comunicação e não apenas as de técnico.

A segunda esfera se refere às expectativas partilhadas, ou seja, conjunto de expectativas sobre comunicação que deve ser compartilhada com os profissionais de comunicação e integrantes da alta administração. Resultados do estudo Exellence comprovam que nas organizações com excelentes departamentos de comunicação, os altos executivos valorizam a comunicação como fonte de informação antes da tomada de decisões. Resumindo: quanto mais a alta administração apóia profissionais para que pensem estrategicamente ao resolver um problema, mais aumenta a importância do conhecimento do departamento de comunicação, levando-o conseqüentemente, à comunicação excelente.

Por fim, a terceira esfera compreende a curva ou cultura participativa, que compreende ao trabalho em equipe e a tomoda de decisões com ampla participação, ambos tendem a levar a uma comunicação excelente. Empresas que trabalham dessa maneira são a favor da inovação e da adaptação ao invés da tradição e dominação.

Resumindo, os atributos da comunicação excelente são: o valor que o executivo principal e os membros da alta administração de organizações destinam à comunicação; o papel e o comportamento do executivo responsável pela comunicação; a cultura corporativa, onde o poder e a tomada de decisão são compartilhados, havendo a valorização da cooperação e da igualdade dos membros envolvidos, privilegiando as idéias e inovações acima de tudo.

Grunig deu as coordenadas de como fazer para a comunicação nas organizações se tornar eficaz, agora é só coloca-las em prática, tarefa essa não muito fácil.

Fonte: Kunsch, Margarida. Relações Públicas e Modernidade: Novos paradigmas em comunicação. Editora Summus: São Paulo, 1997.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Blogs corporativos


Bom dia.


Hoje falaremos um pouco sobre os blogs corporativos.

Em geral, os blogs são ferramentas onde pessoas ou organizações escrevem sobre assuntos de seu interesse. Podem ser encarados como diários pessoais on-line, ferramenta de comunicação entre pessoas com o mesmo interesse, entre outros.

Há algum tempo já podemos observar que diversos CEOs (Chief executive officer) de grandes empresas estão aderindo aos blogs. Todos possuem a finalidade de estreitar relacionamentos com os colaboradores internos, mostrar um lado mais pessoal do presidente ou da organização descrevendo sua rotina e novidades. O blog corporativo atualizado e conquistando os leitores fiéis passa a credibilidade, valores e a intenção que a organização tem de interagir com o público.

Um CEO que entrou para o mundo dos blogs recentemente foi o presidente da TAM, o comandante David Barioni. O mesmo utiliza a ferramenta para divulgar sua agenda e compartilhar seu cotidiano, em 7 dias o blog recebeu mais de 350 comentários dos mais diversos temas.

Existem outros CEOs que possuem blogs de sucesso como o presidente da GM, o diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat, João Batista Ciaco e o presidente do HSBC para a América Latina e Emilson Alonso que possui seu blog no ar desde 2006.

Caso você leitor, tenha curiosidade de aprofundar-se no assunto, neste link podemos observar o top 10 dos blogs corporativos: http://mariosundar.wordpress.com/2006/07/09/top-10-ceo-blogs/


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Case Caterpillar - Planeta H2O

Olá.

Começaremos nossas postagens falando um pouco sobre responsabilidade social, tendo como exemplo um case da Caterpillar.

A Caterpillar é uma empresa líder em tecnologia e em fornecimento mundial de equipamentos de construção e mineração, motores a gás natural e a diesel e turbinas de gás industriais.

Desde que se instalaram no Brasil, em 1954, se preocuparam em exercer sua cidadania empresarial, incentivando o envolvimento de seus empregados e dirigentes em soluções de problemas da sociedade. Com um forte compromisso com o meio ambiente, a empresa compreende que seus produtos e serviços não somente constroem a infra-estrutura do mundo, mas também devem apoiar o desenvolvimento sustentável dos recursos globais.

Como forma de atingir esse objetivo, resolveu investir na educação como agente transformador tanto do seu público interno como externo.

Em janeiro de 2005 fez uma doação de 12 milhões de dólares à The Nature Conservancy, uma das ONGs ambientais mais importantes do mundo, para preservação de grandes bacias hidrográficas do planeta. Sabendo que isso ainda não seria o suficiente, passou a alertar a população sobre o problema real que a humanidade enfrenta.

Desenhou um projeto, a instalação videográfica Planeta H2O, que aborda problemas sobre a escassez da água potável no mundo, com o tema: água tem, mas vai acabar.

Para aprofundar os assuntos tratados no vídeo, havia uma exposição temática de circulação livre, onde eram apresentados os vídeos. O evento tinha como público prioritário os ensinos fundamental e médio.

Os vídeos alertavam as pessoas para o impacto das atividades humanas sobre os recursos naturais do planeta. Painéis expositivos ajudavam também a chamar a atenção do público, sendo que um dos temas abordados era o compromisso da Caterpillar com o meio ambiente e a questão da água no mundo.

A exposição recebeu cerca de mil pessoas por dia e a atenção especial da mídia, além do prêmio nacional de opinião pública.

A Caterpillar é um exemplo de empresa que realmente se importa com o meio ambiente e reconhece a responsabilidade social que deve desempenhar. Incluiu em seu plano estratégico ações institucionais voltadas à promoção da cidadania, desenvolvendo diversas atividades voltadas à promover o desenvolvimento sustentável e, conseqüentemente, com isso, passou a ter maior credibilidade com seus stakeholders.